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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Cartas Para Um Desconhecido, II


    Querido desconhecido,


  Passou mais de um mês desde a minha primeira carta. Desculpa príncipe, sabes que me “ocupo” com coisas que não devia e dou menos importância ao que devia dar toda a minha atenção. Eu sei que não é desculpa para ter andado tanto tempo desaparecida… Tenho de admitir que também não tive coragem de cá vir, tive medo de te falar.
  Enfim… Como estás? Eu estou bem claro, ou pelo menos é como digo estar. Se me visses saberias que não estou bem pois apesar de não parecer tu conheces-me melhor que muita gente, e mesmo sabendo isso, todos os dias tento nega-lo. Como é possível estares tão presente mesmo estando ausente? Consegues sempre que me distraia nas aulas, que o meu pensamento se centre todo em ti. Este efeito que tens sob mim deixa-me tão assustada… Assustada? Deixa-me apaixonada! Com esta idade e estou apaixonada. Isto deveria ser proibido. Estás tão lindo, pareces tão feliz. Sou tão parva em não conseguir fazer o mesmo que tu e seguir em frente, ou pelo menos fingir que o faço. Parece-me tão incorreto. Tento aproximar-me de outros rapazes e só te vejo a ti.
  Bem, a minha mãe está a chamar-me para jantar. Tinha saudades tuas, tenho saudades tuas… Continuo à tua espera.

  P.S: Eu amo-te.


Com amor, Marta.