Depois de várias
semanas a pesquisar tinha finalmente descoberto a sua morada. Iria a sua casa
naquela mesma tarde para esclarecer as coisas de uma vez por todas.
Ainda não sabia
bem como iria reagir quando o visse. Não sabia como entrar em casa dele,
calmamente ou logo a atacar, não sabia como abordar qualquer assunto que fosse
com ele. Não interessava. Na altura logo se decidiria.
Eram 16h25 quando
saiu de sua casa para ir falar com ele. Levava uns 10 minutos a chegar a casa
dele. Mal chegou à morada que seria a dele tocou à campainha.
Quando ele a viu à sua porta ficou estupefacto. Estava em tronco nu, então rapidamente foi até ao seu quarto e vestiu uma das suas t-shirts preferidas. Correu até à porta e abriu-a. Para sua surpresa quando a abriu recebeu um empurrão. Caído no chão olhou para ela. Estava chateada, via-se perfeitamente a raiva que emanava dos seus olhos.
Quando ele a viu à sua porta ficou estupefacto. Estava em tronco nu, então rapidamente foi até ao seu quarto e vestiu uma das suas t-shirts preferidas. Correu até à porta e abriu-a. Para sua surpresa quando a abriu recebeu um empurrão. Caído no chão olhou para ela. Estava chateada, via-se perfeitamente a raiva que emanava dos seus olhos.
- Como foste
capaz de me escrever uma carta em vez de vires falar comigo pessoalmente? És
assim tão covarde? – Atirou-lhe a carta à cara.
- Não é nada
disso, não penses assim. Se eu não fui falar contigo é porque não fui capaz.
Não é uma questão de covardia…
- Cala-te! –
Gritou ela interrompendo-o. – Já disseste o que tinhas a dizer naquela carta,
agora digo eu o que tenho a dizer. – Tentava conter uma lágrima que ameaçava
escorrer-lhe pelo olho. – Como tens o descaramento de dizer que te substituí?
Sabes o tempo que passei a pensar em ti? Tempo que agora considero perdido.
Sim, devia mesmo ter-te substituído mas não o fiz… Viste-me com o Guilherme
certo?
Ele baixou a cabeça em sinal de consentimento.
Ele baixou a cabeça em sinal de consentimento.
- Pois. Porque me
procuraste tão tarde? Porque não me procuraste mais cedo? Tudo teria sido
diferente. Talvez nada estivesse assim. Guilherme é um bom rapaz, que me fez
bastante feliz, nunca me abandonou ao contrário de ti, mas tu… Tu és tu, e eu
não consigo esquecer-te. És um estúpido, um otário por me teres deixado. Achas
que estava mesmo feliz? O Guilherme podia fazer-me rir, mas não me fazia
sorrir, podia fazer-me gostar, mas não me fazia amar. Quem faz isso, és tu.
Começou a chorar.
Sim, sempre fora ele o tal. Sempre fora ele que a fizera sorrir e amar como
ninguém foi capaz de fazer. Mas porquê? Porque tinha de ser ele que também a
fez sofrer de uma maneira sufocante? Ele fazia-a soluçar como uma doida, fazia
desejar o impossível.
Ele não a
conseguia ver chorar. Nunca conseguira, sempre fora esse o seu ponto fraco.
Ficava sempre chateado quando alguém a fazia chorar, e agora que sabia que o
culpado era ele só apetecia esmurrar-se a si próprio. Querendo que ela parasse
de chorar, puxou-a para os seus braços.
- Que estás a
fazer? Não me toques, larga-me! – Gritou ela esmurrando-o no peito, uma e outra
vez.
- Acalma-te
princesa, estou aqui. Não chores, ficas feia a chorar, especialmente quando
choras por um parvo como eu. Nunca te devia ter deixado. Eu amo-te, sempre te
amei. Por favor para de chorar. – Sussurrou-lhe ele.
Quando ela finalmente se acalmou olhou-o nos olhos. Ele, sentindo-se vulnerável ao seu olhar, encurtou a distância entre os seus lábios beijando-a.
"(...) encurtou a distância entre os seus lábios beijando-a."