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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Little Love, VII

  Eram 14h15. Preparava-se ela para sair quando recebe uma mensagem de um número que não conhecia. “Estou ansioso por estar contigo. És mesmo linda.”. De certeza que a mensagem era de Guilherme. Também ela estava ansiosa pois anteriormente havia tentado sair com um colega que já conhecia há algum tempo e não resultara. Ela temia que com Guilherme se viesse a passar o mesmo. Colocando o receio de parte, dirigiu-se para a porta e saiu.
  Demorou 5 minutos a chegar à esquina que dava para o parque. Deteve-se. Olhou para trás. Suspirou. Voltou a olhar para a frente e continuou a andar. Guilherme já se encontrava lá à sua espera sentado num banco. Mal a viu levantou-se. Ela só parou quando se encontrava frente a frente com ele.
  - Ainda bem que vieste, tive algum receio que à última da hora mudasses de ideias. Viste a minha mensagem?
  - Sim vi. Não sabia que era tua por isso não respondi. Bem, onde queres ir?
  - Eu não conheço bem a zona, por isso tu é que decides onde vamos. És a minha guia.
  - Ah pronto, então não te vais arrepender porque eu sou a melhor guia de todo o mundo. – Pela primeira vez em todo o dia riu-se a sério.
  - Espero bem que sim. Tens um riso lindo, contagiante.
  Ela corou. Guilherme era mesmo muito simpático. Não queria que este “encontro”, se assim lhe podia chamar, corresse mal.
  Guilherme queria pegar-lhe na mão, puxa-la para ele e beijar aqueles lábios tão convidativos. Sabia que não o devia fazer, sabia que não era o correto. Era o primeiro encontro, não podia arriscar-se a perdê-la tão rapidamente. No entanto, não lhe pareceu má ideia colocar o seu braço em volta da sua cintura. A medo foi colocando o seu braço em redor dela. Ela não o rejeitou. Era um bom princípio. Orgulhoso de si mesmo sorriu, um sorriso vitorioso.
...

  Passara a manhã inteira a procura-la. Nada. Não a havia encontrado. Será que ela se tinha mudado? Não, não podia ter-se mudado. Ele não podia perder a esperança. Voltaria a procura-la à tarde.
  Já passava das 15h30 quando decide sair de novo em busca dela. Percorreu o máximo de lugares que pôde em 15 minutos. Só restava o parque, as piscinas e a praia. Segundo uma amiga que tinham em comum, ela passava muito tempo no parque por isso decidiu ir primeiro aí. Não a encontrou. De seguida dirigiu-se à praia. Pelo caminho encontrou Joana, uma amiga dela.
  - Olá Joana.
  - Olá…
  - Eu sei que nunca nos demos muito bem, mas podes dizer-me onde está ela?
  - Não, não posso. Se o disser magoas-te a ti e a ela pois tenho a certeza que andas à sua procura para fazer algo que não será nada bom.
  - Quero correr o risco. Podes dizer-me por favor?
  - Está na praia. Mas não está sozinha. - Fez uma breve pausa. - Não te esqueças que te avisei.
  - Sim, não me esqueço. Obrigado.
  E lá foi ele, desta vez a correr. Não sabia o que queria Joana dizer com “magoas-te a ti e a ela” mas também não se importava. Ele queria vê-la mais que tudo, e se para isso tivesse que sofrer, então ele sofreria. Por ela.

" - Não te esqueças que te avisei. (...) E lá foi ele, desta vez a correr."